Introdução
Para quem não sabe e irá ficar sabendo agora é que o Windows (ou Ruindows?) tem alguns segredos escondidinhos, ou alguns que nós já sabemos mas não conseguimos executa-los. Um grande exemplo é o Editor de Registro do Windows, que fica totalmente inacessível ao usuário, somente acessível pelo executar.
Informações
Subcategoria: Códigos
Nível de dificuldade: Fácil (mais fácil impossível!)
Tutorial
1. Para colocar o comando comece indo ao Menu Iniciar > Executar ou pressione as teclas Windows (a que tem a logomarca do Windows) + R. Irá abrir o menu executar como o da imagem à seguir:
2. Agora cole o código desejado e finalize clicando em "OK".
Obs: Fica por sua conta e risco qualquer tipo de alteração do seu sistema operacional, sabendo você o que fará com esses códigos abaixo. É ideal sempre você lê o que o código executa antes de sair colando o que ver pela sua frente.
Adicionar/Remover Programas
Abre a janela do Adicionar/Remover Programas do seu Windows.
Digite: appwiz.cpl
Ferramentas Administrativas
Abre Ferramentas Administrativas.
Digite: control admintools
Atualizações Automáticas
Digite: wuaucpl.cpl
Assistente para Transferência de Arquivos Bluetooth
Digite: fsquirt
Compartilhamentos DDE
Digite: ddeshare
Gerenciador de Dispositivos
Digite: devmgmt.msc
Painel de Controle do Direct X
Abre o painel de controle do Direct X, mas só funciona se caso o mesmo já estiver instalado no seu computador.
Digite: directx.cpl
Ferramenta de Diagnóstico do Direct X
Ferramenta que diagnóstica e testa o som e vídeo do seu Direct X.
Digite: dxdiag
Limpeza de Disco
Como o nome já diz! ^^
Digite: cleanmgr
Verificação de Assinatura de Arquivo
Digite: sigverif
Findfast
FindFast é um aplicativo que aciona a Localização Rápida do MS Office. Realmente este aplicativo tem pouca utilidade.
Digite: findfast.cpl
Opções de Pasta
Aqui pode ser alterado as opções das pastas do PC. Também pode ser acionado pelo Painel de Controle.
Digite: control folders
Fontes
Abre a pasta padrão de fontes do seu Windows.
Digite: control fonts
Pasta "Fontes"
Abre a pasta padrão de fontes do seu Windows.
Digite: fonts
Conexões de Rede
Digite: control netconnections ou ncpa.cpl
Assistente para Configuração de Rede
Digite: netsetup.cpl
Propriedades de Internet
Digite: inetcpl.cpl
Configuração do IP
Este comando te mostra informações completas da sua conexão local.
Digite: ipconfig /all
Configuração do IP
Exibe o conteúdo da Cache DNS Resolver.
Digite: ipconfig /displaydns
Configuração do IP
Depura a Cache DNS Resolver.
Digite: ipconfig /flushdns
Configuração do IP
Libera o endereço IP para o adaptador especificado.
Digite: ipconfig /release
Configuração do IP
Renova o endereço IP para o adaptador especificado.
Digite: ipconfig /renew
Configuração do IP
Atualiza todas as concessões DHCP e registra novamente nomes DNS.
Digite: ipconfig /registerdns
Configuração do IP
Exibe todas as identificações de classe DHCP permitidas para o adaptador.
Digite: ipconfig /showclassid
Configuração do IP
Modifica a identificação de classe DHCP.
Digite: ipconfig /setclassid
Usuários e Grupos Locais
Digite: lusrmgr.msc
Logoff do Windows
Este comando lhe auxilia um logoff mais rápido.
Digite: logoff
Bate-Papo do Windows
Digite: winchat
Propriedades do Mouse
Digite: control mouse ou main.cpl
Impressoras e Aparelhos de Fax
Digite: control printers
Pasta Impressoras
Abre a pasta de impressoras.
Digite: printers
Editor de Caracteres Particulares
Digite: eudcedit
Editor do Registro
Abre o Editor de Registro do Windows, muito útil para apagar registro de instalações de softwares no PC, sendo assim liberando um determinado espaço no seu Windows. Também é nele que altera-se o plano de fundo das pastas e outras coisas avançadas do Windows. Cuidado ao mecher com ele, qualquer alteração errada poderá ser fatal para seu sistema.
Digite: regedit ou regedit32
Conexão de Área de Trabalho Remota
Digite: mstsc
Armazenamento Removível
Digite: ntmsmgr.msc
Tarefas Agendadas
Digite: control schedtasks
Central de Segurança do Windows
Digite: wscui.cpl
Serviços
Digite: services.msc
Pastas Compartilhadas
Digite: fsmgmt.msc
Propriedades de Som e Dispositivos de Áudio
Digite: mmsys.cpl
Utilitário de Rede para Clientes do SQL Server
Digite: cliconfg
Editor de Configuração do Sistema
Digite: sysedit
Utilitário de Configuração do Sistema
Aqui pode ser resolvido problemas do tipo: Windows demorando muito para iniciar. Em alguns casos (como o meu) é só ir na aba "Inicialização" e desmarcar alguns programas que estão inicializando junto com o Windows, mas só desmarcar os programas inúteis, por exemplo: o "msmsgs" que é quando liga-se o PC e o MSN abre, mesmo que esteja desmarcado nas opções do MSN ele continuará inicializando ocultamente.
Digite: msconfig
Propriedades do Sistema
Digite: sysdm.cpl
Gerenciador de Tarefas
Digite: taskmgr
Cliente de Telnet
Digite: telnet
Desligar o Windows
Desligue o Windows sem nenhuma dificuldade!
Digite: shutdown
System File Checker
Pesquisa imediatamente todos os APS.
Digite: sfc /scannow
System File Checker
Pesquisa imediatamente todos os APS a cada inicialização.
Digite: sfc /scanboot
Gerenciador de Utilitários
Digite: utilman
Firewall do Windows
Digite: firewall.cpl
System File Checker
Restaura a pesquisa para a configuração padrão.
Digite: sfc /revert
Lente de Aumento
Digite: magnify
Janela das Ligações de Rede
Digite: ncpa.cpl
Windows Management Infrastructure
Digite: wmimgmt.msc
Gerenciamento de Disco
Digite: diskmgmt.msc
Gerenciador de Partição
Digite: diskpart
Propriedades de Vídeo
Digite: control desktop ou desk.cpl
Propriedades de Vídeo
Este abre as Propriedades de Vídeo já com a aba Aparência selecionada.
Digite: control color
Dr. Watson
O Dr. Watson é um utilitário que regista informações sobre as aplicações que falharem.
Digite: drwtsn32
Gerenciador de Verificação de Driver
Digite: verifier
Visualizador de Eventos
Digite: eventvwr.msc
Opções de Acessibilidade
Digite: access.cpl
Assistente para Adicionar Hardware
Digite: hdwwiz.cpl
Certificados
Digite: certmgr.msc
Mapa de Caracteres
Digite: charmap
Visualizador da Área de Transferência
Digite: clipbrd
Prompt de Comando
Abre o Prompt de Comando.
Digite: cmd
Serviços de Componentes
Digite: dcomcnfg
Propriedades do Teclado
Digite: control keyboard
Configurações Locais de Segurança
Digite: secpol.msc
Gerenciador de Objetos - Pacote
Digite: packager
Administrador de Fonte de Dados ODBC
Digite: odbccp32.cpl
Opções de Telefone e Modem
Digite: telephon.cpl
Propriedades de Opções de Energia
Digite: powercfg.cpl
Solicitações do Operador de Armazenamento Removível
Digite: ntmsoprq.msc
Conjunto de Diretivas Resultantes
Somente no Windows XP Professional.
Digite: rsop.msc
Scanners e Câmeras
Digite: sticpl.cpl
Serviços de Componentes
Digite: comexp.msc
System File Checker
Esta ferramenta é útil para limpar o cache do arquivo.
Digite: sfc /purgecache
Definições locais de segurança
Digite: secpol.msc
Performance do Monitor
Digite: perfmon.msc
Conjunto de Políticas resultantes
Digite: rsop.msc
Serviços
Digite: services.msc
Contas de Usuário
Digite: control userpasswords2
Gerenciador de Usuários do Windowns Server 2003
Somente em Windows Server 2003.
Digite: usrmgr
Instalador do Active Directory
Somente em Windows Server 2003.
Digite: dcpromo
Gerenciador de Tarefas
Digite: taskmgr
Pastas Compartilhadas
Digite: fsmgmt.msc
Políticas de Grupo
Digite: gpedit.msc
Utilizadores Locais e Grupos
Digite: lusrmgr.msc
Desfragmentador de Disco
Digite: dfrg.msc
Visualizador de Eventos
Digite: eventvwr.msc
Protegendo Banco de Dados de Contas do Windows XP
Digite: syskey
Conectar-se ao Site do Windows Update
Digite: wupdmgr
Introdução ao Windows XP
Abre o Tour do Windows XP.
Digite: tourstart
Gestão do Computador
Digite: compmgmt.msc
Gestão de Discos
Digite: diskmgmt.msc
System File Checker
Define o tamanho de cache.
Digite: sfc /cachesize=x
Gestor de Dispositivos
Digite: devmgmt.msc
Propriedades de Senhas
Digite: password.cpl
Desempenho
Digite: perfmon.msc ou perfmon
Opções Regionais e de Idioma
Digite: intl.cpl
Contas de Usuário
Digite: nusrmgr.cpl
Controladores de Jogo
Digite: joy.cpl
Group Policy Editor
Somente em Windows XP Professional.
Digite: gpedit.msc
Assistente Iexpress
Digite: iexpress
Serviço de Indexação
Digite: ciadv.msc
Checador de Disco
Digite: chkdsk
Gerenciamento do Computador
Digite: compmgmt.msc
Propriedades de Data e Hora
Digite: timedate.cpl
Desfragmentador de Disco
Digite: dfrg.msc
domingo, 12 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Linux: Uma introdução à linha de comando
Por Carlos E. Morimoto
No início, todos os sistemas operacionais usavam interfaces de modo texto, já que elas são uma forma simples de aceitar comandos e exibir os resultados, mesmo em máquinas com poucos recursos. Antes do Windows, existiu o DOS e, antes do KDE, Gnome e todas as outras interfaces que temos atualmente, o Linux tinha também apenas uma interface de modo texto. Mesmo com toda a evolução com relação às interfaces e aos utilitários de configuração gráficos, o bom e velho terminal continua prestando bons serviços.
O grande atrativo do terminal é que, com exceção de alguns poucos aplicativos específicos, os comandos do terminal são sempre os mesmos. Isso faz com que ele seja um porto seguro, com o qual você pode contar, sem importar se você está no Ubuntu ou no Slackware. O terminal é também a forma mais natural de “conversar” com o sistema, sempre que você precisa de qualquer coisa além do arroz com feijão.
Por exemplo, imagine que você precisa mover todos os arquivos com extensão .jpg (em uma pasta com muitos arquivos para outra. Em vez de precisar mover um por um, ou fazer algum malabarismo com a ordem de exibição dos arquivos (para organizar a exibição com base na extensão dos arquivos e poder assim selecionar todos os .jpg com o mouse), você poderia simplesmente abrir o terminal e digitar:
$ mv *.jpg /outra-pasta
Além dos comandos básicos, dois outros recursos que tornam o terminal tão poderoso são a possibilidade de combinar diferentes comandos, de forma a executar tarefas mais complexas ou filtrar os resultados e a possibilidade de escrever pequenos programas em shell script.
Por exemplo, para assistir vídeos no meu Nokia 6120, preciso convertê-los para para um formato especial, suportado pelo RealPlayer, com o fluxo de vídeo em MPEG4 e o áudio em AAC. No Windows, precisaria converter os vídeos um a um, mas no Linux posso usar um pequeno script para automatizar o trabalho:
#!/bin/sh
for video in *; doffmpeg -i “$video” -f mp4 -vcodec mpeg4 -b 350000 -r 15 -s 320×240 \-acodec aac -ar 24000 -ab 128 -ac 2 “$video”.mp4rm -f tmp.avidone
Quando executado dentro de uma pasta com vários arquivos de vídeo, o script simplesmente converte todos os arquivos, uma a um, gerando os arquivos .mp4 que posso então copiar para o smartphone. Com isso, preciso apenas mover todos os vídeos que quero converter para uma pasta, executar o script e deixar o micro trabalhando durante a noite fazendo o trabalho mecânico de conversão, em vez de precisar repetir os mesmos passos para cada arquivo que quisesse converter. Os scripts em shell podem ser usados para automatizar qualquer tipo de tarefa que você precisa executar repetidamente, de atualizações do sistema a backups, passando por todo tipo de tarefas. Essencialmente, tudo o que é possível fazer via linha de comando (ou seja, praticamente tudo) pode ser automatizado através de um shell script.
Se você chegou a usar o Kurumin 7, deve se lembrar do Clica-Aki, um painel gráfico com várias funções, que era um dos grandes atrativos do sistema. Apesar da complexidade, ele nada mais era do que um conjunto de shell scripts, acionados através das opções e botões dentro da interface. Até mesmo o instalador do sistema era inteiramente escrito em shell script.
Curiosamente, uma das grandes reivindicações de administradores Windows sempre foi uma interface de linha de comando, que permitisse administrar o sistema remotamente sem necessidade de usar a interface gráfica e automatizar tarefas. Mesmo a contragosto, a Microsoft acabou sendo obrigada a dar o braço a torcer e desenvolver o PowerShell, que nada mais é do que uma interface de linha de comando para o Windows.
A grande diferença é que no Linux a interface de modo texto evoluiu junto com o restante do sistema e se integrou de uma forma bastante consistente com os aplicativos gráficos. Aprender a usar o modo texto é parecido com aprender uma segunda língua, é um processo gradual e constante, onde você sempre está aprendendo comandos, parâmetros e truques novos. Quanto mais você aprende, mais tempo você acaba passando no terminal; não por masoquismo, mas porque ele é realmente mais prático para fazer muitas tarefas.
Um dos usos mais básicos para o terminal é simplesmente para abrir aplicativos, substituindo o uso do iniciar. Você pode chamar qualquer aplicativo gráfico a partir do terminal; na maioria dos casos o comando é o próprio nome do programa, como “konqueror” ou “firefox”. Lendo outros textos, ou lendo os livros, você vai notar que em muitos exemplos ensino os passos para executar tarefas através da linha de comando, pois os atalhos para abrir os programas, itens nos menus, etc., podem mudar de lugar, mas os comandos de texto são algo mais ou menos universal, mudam pouco mesmo entre diferentes distribuições. Esta mesma abordagem é adotada de forma geral dentro dos livros sobre Linux.
Por exemplo, para descompactar um arquivo com a extensão .tar.gz, pelo terminal, você usaria o comando:
$ tar -zxvf arquivo.tar.gz
Aqui o “tar” é o comando e o “-zxvf” são parâmetros passados para ele. O tar permite tanto compactar quanto descompactar arquivos e pode trabalhar com muitos formatos de arquivos diferentes, por isso é necessário especificar que ele deve descompactar o arquivo (-x) e que o arquivo está comprimido no formato gzip (z). O “v” é na verdade opcional, ele ativa o modo verbose, onde ele lista na tela os arquivos extraídos e para onde foram.
Se você tivesse em mãos um arquivo .tar.bz2 (que usa o bzip2, um formato de compactação diferente do gzip), mudaria a primeira letra dos parâmetros, que passaria a ser “j”, indicando o formato, como em:
$ tar -jxvf arquivo.tar.bz2
Você poderia também descompactar o arquivo clicando com o botão direito sobre ele em uma janela do Konqueror e usando a opção “Extrair > Extrair aqui”. Para quem escreve, é normalmente mais fácil e direto incluir o comando de texto, mas você pode escolher a maneira mais prática na hora de fazer.
Existem duas formas de usar o terminal. Você pode acessar um terminal “puro” pressionando as teclas “Ctrl+Alt+F1″, mudar entre os terminais virtuais pressionando “Alt+F2″, “Alt+F3″, etc. e depois voltar ao modo gráfico pressionando “Alt+F7″ (em muitas distribuições a combinação pode ser “Alt+F5″ ou mesmo “Alt+F3″, dependendo do número de terminais de texto usados por padrão).
Estes terminais são às vezes necessários para manutenção do sistema, em casos em que o modo gráfico deixa de abrir, mas no dia-a-dia não é prático usá-los, pois sempre existe uma pequena demora ao mudar para o texto e voltar para o ambiente gráfico, e, principalmente, estes terminais não permitem usar aplicativos gráficos.
Na maior parte do tempo, usamos a segunda forma, que é usar um “emulador de terminal”, um terminal gráfico que permite rodar tanto os aplicativos de texto, quanto os gráficos.
No KDE, procure o atalho para abrir o Konsole. Ele possui várias opções de configuração (fontes, cores, múltiplas janelas, etc.). No Gnome é usado o Gnome Terminal, que oferece recursos similares, incluindo a possibilidade de abrir diversas abas, onde cada uma se comporta como um terminal separado. Se você preferir uma alternativa mais simples, procure pelo Xterm.
Na maioria dos casos, ao chamar um programa gráfico através do terminal, você pode passar parâmetros para ele, fazendo com que ele abra diretamente algum arquivo ou pasta. Por exemplo, para abrir o arquivo “/etc/fstab” no Kedit, use:
$ kedit /etc/fstab
Para abrir o arquivo “imagem.png” no Gimp, use:
$ gimp imagem.png
No começo, faz realmente pouco sentido ficar tentando se lembrar do comando para chamar um determinado aplicativo ao invés de simplesmente clicar de uma vez no ícone do menu. Mas, depois de algum tempo, você vai perceber que muitas tarefas são realmente mais práticas de fazer via terminal.
É mais rápido digitar “kedit /etc/fstab” do que abrir o kedit pelo menu, clicar no “Arquivo > Abrir” e ir até o arquivo usando o menu. É uma questão de costume e gosto. O importante é que você veja o terminal como mais uma opção, que pode ser utilizada quando conveniente, para melhorar sua produtividade.
No início, todos os sistemas operacionais usavam interfaces de modo texto, já que elas são uma forma simples de aceitar comandos e exibir os resultados, mesmo em máquinas com poucos recursos. Antes do Windows, existiu o DOS e, antes do KDE, Gnome e todas as outras interfaces que temos atualmente, o Linux tinha também apenas uma interface de modo texto. Mesmo com toda a evolução com relação às interfaces e aos utilitários de configuração gráficos, o bom e velho terminal continua prestando bons serviços.
O grande atrativo do terminal é que, com exceção de alguns poucos aplicativos específicos, os comandos do terminal são sempre os mesmos. Isso faz com que ele seja um porto seguro, com o qual você pode contar, sem importar se você está no Ubuntu ou no Slackware. O terminal é também a forma mais natural de “conversar” com o sistema, sempre que você precisa de qualquer coisa além do arroz com feijão.
Por exemplo, imagine que você precisa mover todos os arquivos com extensão .jpg (em uma pasta com muitos arquivos para outra. Em vez de precisar mover um por um, ou fazer algum malabarismo com a ordem de exibição dos arquivos (para organizar a exibição com base na extensão dos arquivos e poder assim selecionar todos os .jpg com o mouse), você poderia simplesmente abrir o terminal e digitar:
$ mv *.jpg /outra-pasta
Além dos comandos básicos, dois outros recursos que tornam o terminal tão poderoso são a possibilidade de combinar diferentes comandos, de forma a executar tarefas mais complexas ou filtrar os resultados e a possibilidade de escrever pequenos programas em shell script.
Por exemplo, para assistir vídeos no meu Nokia 6120, preciso convertê-los para para um formato especial, suportado pelo RealPlayer, com o fluxo de vídeo em MPEG4 e o áudio em AAC. No Windows, precisaria converter os vídeos um a um, mas no Linux posso usar um pequeno script para automatizar o trabalho:
#!/bin/sh
for video in *; doffmpeg -i “$video” -f mp4 -vcodec mpeg4 -b 350000 -r 15 -s 320×240 \-acodec aac -ar 24000 -ab 128 -ac 2 “$video”.mp4rm -f tmp.avidone
Quando executado dentro de uma pasta com vários arquivos de vídeo, o script simplesmente converte todos os arquivos, uma a um, gerando os arquivos .mp4 que posso então copiar para o smartphone. Com isso, preciso apenas mover todos os vídeos que quero converter para uma pasta, executar o script e deixar o micro trabalhando durante a noite fazendo o trabalho mecânico de conversão, em vez de precisar repetir os mesmos passos para cada arquivo que quisesse converter. Os scripts em shell podem ser usados para automatizar qualquer tipo de tarefa que você precisa executar repetidamente, de atualizações do sistema a backups, passando por todo tipo de tarefas. Essencialmente, tudo o que é possível fazer via linha de comando (ou seja, praticamente tudo) pode ser automatizado através de um shell script.
Se você chegou a usar o Kurumin 7, deve se lembrar do Clica-Aki, um painel gráfico com várias funções, que era um dos grandes atrativos do sistema. Apesar da complexidade, ele nada mais era do que um conjunto de shell scripts, acionados através das opções e botões dentro da interface. Até mesmo o instalador do sistema era inteiramente escrito em shell script.
Curiosamente, uma das grandes reivindicações de administradores Windows sempre foi uma interface de linha de comando, que permitisse administrar o sistema remotamente sem necessidade de usar a interface gráfica e automatizar tarefas. Mesmo a contragosto, a Microsoft acabou sendo obrigada a dar o braço a torcer e desenvolver o PowerShell, que nada mais é do que uma interface de linha de comando para o Windows.
A grande diferença é que no Linux a interface de modo texto evoluiu junto com o restante do sistema e se integrou de uma forma bastante consistente com os aplicativos gráficos. Aprender a usar o modo texto é parecido com aprender uma segunda língua, é um processo gradual e constante, onde você sempre está aprendendo comandos, parâmetros e truques novos. Quanto mais você aprende, mais tempo você acaba passando no terminal; não por masoquismo, mas porque ele é realmente mais prático para fazer muitas tarefas.
Um dos usos mais básicos para o terminal é simplesmente para abrir aplicativos, substituindo o uso do iniciar. Você pode chamar qualquer aplicativo gráfico a partir do terminal; na maioria dos casos o comando é o próprio nome do programa, como “konqueror” ou “firefox”. Lendo outros textos, ou lendo os livros, você vai notar que em muitos exemplos ensino os passos para executar tarefas através da linha de comando, pois os atalhos para abrir os programas, itens nos menus, etc., podem mudar de lugar, mas os comandos de texto são algo mais ou menos universal, mudam pouco mesmo entre diferentes distribuições. Esta mesma abordagem é adotada de forma geral dentro dos livros sobre Linux.
Por exemplo, para descompactar um arquivo com a extensão .tar.gz, pelo terminal, você usaria o comando:
$ tar -zxvf arquivo.tar.gz
Aqui o “tar” é o comando e o “-zxvf” são parâmetros passados para ele. O tar permite tanto compactar quanto descompactar arquivos e pode trabalhar com muitos formatos de arquivos diferentes, por isso é necessário especificar que ele deve descompactar o arquivo (-x) e que o arquivo está comprimido no formato gzip (z). O “v” é na verdade opcional, ele ativa o modo verbose, onde ele lista na tela os arquivos extraídos e para onde foram.
Se você tivesse em mãos um arquivo .tar.bz2 (que usa o bzip2, um formato de compactação diferente do gzip), mudaria a primeira letra dos parâmetros, que passaria a ser “j”, indicando o formato, como em:
$ tar -jxvf arquivo.tar.bz2
Você poderia também descompactar o arquivo clicando com o botão direito sobre ele em uma janela do Konqueror e usando a opção “Extrair > Extrair aqui”. Para quem escreve, é normalmente mais fácil e direto incluir o comando de texto, mas você pode escolher a maneira mais prática na hora de fazer.
Existem duas formas de usar o terminal. Você pode acessar um terminal “puro” pressionando as teclas “Ctrl+Alt+F1″, mudar entre os terminais virtuais pressionando “Alt+F2″, “Alt+F3″, etc. e depois voltar ao modo gráfico pressionando “Alt+F7″ (em muitas distribuições a combinação pode ser “Alt+F5″ ou mesmo “Alt+F3″, dependendo do número de terminais de texto usados por padrão).
Estes terminais são às vezes necessários para manutenção do sistema, em casos em que o modo gráfico deixa de abrir, mas no dia-a-dia não é prático usá-los, pois sempre existe uma pequena demora ao mudar para o texto e voltar para o ambiente gráfico, e, principalmente, estes terminais não permitem usar aplicativos gráficos.
Na maior parte do tempo, usamos a segunda forma, que é usar um “emulador de terminal”, um terminal gráfico que permite rodar tanto os aplicativos de texto, quanto os gráficos.
No KDE, procure o atalho para abrir o Konsole. Ele possui várias opções de configuração (fontes, cores, múltiplas janelas, etc.). No Gnome é usado o Gnome Terminal, que oferece recursos similares, incluindo a possibilidade de abrir diversas abas, onde cada uma se comporta como um terminal separado. Se você preferir uma alternativa mais simples, procure pelo Xterm.
Na maioria dos casos, ao chamar um programa gráfico através do terminal, você pode passar parâmetros para ele, fazendo com que ele abra diretamente algum arquivo ou pasta. Por exemplo, para abrir o arquivo “/etc/fstab” no Kedit, use:
$ kedit /etc/fstab
Para abrir o arquivo “imagem.png” no Gimp, use:
$ gimp imagem.png
No começo, faz realmente pouco sentido ficar tentando se lembrar do comando para chamar um determinado aplicativo ao invés de simplesmente clicar de uma vez no ícone do menu. Mas, depois de algum tempo, você vai perceber que muitas tarefas são realmente mais práticas de fazer via terminal.
É mais rápido digitar “kedit /etc/fstab” do que abrir o kedit pelo menu, clicar no “Arquivo > Abrir” e ir até o arquivo usando o menu. É uma questão de costume e gosto. O importante é que você veja o terminal como mais uma opção, que pode ser utilizada quando conveniente, para melhorar sua produtividade.
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